Proex | Unilab
Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura - Unilab

Extensão e Pesquisa caminham juntas na Unilab

Data de publicação  15/07/2024, 11:57
Postagem Atualizada há 4 dias
Saltar para o conteúdo da postagem

A integração entre extensão e pesquisa na universidade tem se mostrado uma poderosa ferramenta de desenvolvimento acadêmico e pessoal. As histórias de Diego Sousa e Amanda Castro, ex-bolsistas de projetos de extensão e discentes do curso de Licenciatura em Química, ilustram bem essa cooperação, evidenciando como experiências vividas em atividades extensionistas podem resultar em relevantes trabalhos de pesquisa.

Diego Sousa, decidiu desenvolver seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) a partir das vivências adquiridas no projeto “Pequenos Cientistas”, orientado pela Prof. Dra. Mônica de Araújo. Segundo Diego, o projeto foi um divisor de águas em sua formação. “Passei a olhar com maior carinho para o ensino de ciências e para o ensino fundamental. Enxerguei o potencial de desenvolvimento do conhecimento científico já nos primeiros anos e me encantei por ensinar ciências através do lúdico e do experimental”, conta Diego.


Mônica destaca a importância da participação dos alunos da licenciatura em química participarem em projetos de extensão. “Especificamente em relação ao projeto Pequenos Cientistas ele permite a divulgação de ciências para alunos do ensino fundamental fazendo com que haja a curiosidade/interesse pela experimentação desde os primeiros anos escolares… e isso reflete no maior número de discentes em cursos de Ciências Exatas futuramente”, afirma a professora.

Atividades do projeto sendo aplicadas nas escolas

No projeto, o uso de jogos, brincadeiras e experimentos foi fundamental para despertar nos alunos o interesse pelas ciências. “É muito fácil perceber que os estudantes se apaixonam pelas ciências ali, naquele espaço que permite a elas ver as ciências da natureza como algo presente no cotidiano, divertido e mágico”, afirma o ex-bolsista. 

Seu TCC resultou em um material didático voltado para atividades lúdicas e experimentais, destinado a auxiliar professores de ciências. “Tudo que eu aprendi nesses dois anos e meio me permitiu construir esse material, que é pensado para que os estudantes participem ativamente do processo de ensino e aprendizagem. Ele ajuda tanto os professores, que reconhecem a importância de aprender de forma prática e lúdica, quanto os alunos, a verem as ciências sem medo, sem receio”, explica Diego.

Atividades do projeto sendo aplicadas nas escolas

O compromisso com a democratização do ensino foi um dos pilares do projeto “Pequenos Cientistas”, e Diego levou essa missão a sério. “Fui aplicar o material nas escolas com a farda do projeto, inclusive em escolas mais distantes, porque é uma marca do ‘Pequenos Cientistas’ levar o conhecimento cada vez mais longe” , ressalta.

Para Diego, a extensão universitária é uma oportunidade única de retorno à sociedade. “Aproveitem todas as oportunidades de se envolverem nas ações de extensão. É o mais bonito da universidade, sair e ir ao encontro da comunidade, dar um retorno direto à sociedade. A extensão universitária permite que tenhamos vivências efetivas nos nossos espaços de atuação, é lindo!” aconselha ele aos novos alunos.

Assim como Diego, Amanda Castro também transformou suas experiências na extensão  em um valioso trabalho de pesquisa. Amanda ingressou na Unilab em 2019. Durante a graduação, participou do projeto de extensão “Revitalização de ambientes destinados à Prática Experimental: Uma parceria Universidade – Escola para auxiliar na construção da Educação em Ciências no Maciço de Baturité” (Revitar), orientado pela Profa. Dra. Eveline Menezes.

Amanda destaca a importância do projeto Revitar para seu futuro na área da química. “A química é uma área muito abrangente e eu tinha milhões de coisas que queria fazer. Quando comecei a trabalhar no Revitar, no laboratório, a química se tornou mais prática. Eu entendi que era por aí que eu queria seguir”, afirma a estudante.

Catalogação dos reagentes presentes nos laboratórios das escolas.

Amanda também ressalta a importância da sua participação no Projeto enquanto divulgação científica, e descreve como esta divulgação se deu. “Presencialmente, virtualmente, em congressos, na Unilab, nas escolas, e foi uma experiência muito próxima do público que eu estava interessada, tanto a comunidade acadêmica quanto as escolas de ensino médio públicas”, conta Amanda.

A orientadora do projeto, Profa. Eveline Menezes, enfatiza a importância do Revitar na formação de professores com um olhar atento para a escola pública. “Existem escolas que não têm o espaço de laboratório nem para a gente resgatar, então para que o aluno consiga correlacionar a teoria e a prática, ministramos aulas práticas usando material alternativo. Foi nessa perspectiva que surgiu o trabalho de TCC da Amanda”, explica Eveline.

Aula experimental, em sala de aula, sobre separação de misturas utilizando materiais alternativos.

Amanda nos conta que, no início da experiência como bolsista do Revitar, entendeu que seu trabalho de conclusão de curso seria relacionado ao projeto, mas como realizava várias atividades, ainda não tinha certeza de como levar sua experiência para o trabalho. “A parte mais difícil foi entender o que eu abordaria no meu TCC, porque fazia muita coisa no Revitar. Depois que revitalizava os laboratórios das escolas de ensino médio, dava aulas experimentais para os alunos. Conversando com a minha orientadora, ela achou melhor eu fazer um relato de experiência”, afirma Amanda.

A experiência de Amanda como bolsista de extensão foi crucial para a sua construção como profissional. “Eu considero que consegui uma boa formação e que isso vai me ajudar muito no mercado de trabalho ou no meu mestrado,” relata Amanda, que é a segunda bolsista do Projeto Revitar a levar sua experiência na extensão para o TCC, o que deixa a Profa. Eveline muito contente. “Eu fico muito feliz de ver nossos alunos com um olhar humanizado para a docência, promovendo ciência para além dos nossos muros e chegando aos lugares mais remotos aqui do Maciço de Baturité. Esse é o meu principal objetivo e é o que me move enquanto professora”, finaliza Eveline.

Reunião mensal com a coordenadora do projeto para discussão de atividades.

As vivências de Diego e Amanda nos mostram que quando se une extensão e pesquisa, os benefícios ultrapassam o crescimento acadêmico: transformam vidas e causam impactos positivos nas comunidades. As experiências nos projetos “Pequenos Cientistas” e “Revitar” destacam a importância da universidade como ambiente onde ensino, pesquisa e extensão se complementam, gerando um ciclo de aprendizado e progresso que beneficia a todos.



Categorias